30.3.07

um brinde a Esquinas

"Ela vem chegando
E feliz vou esperando"
(Zazueira, Jorge Ben Jor)

Foram dois meses com milhares de idéias e muita conversa. Foram dois meses de pesquisas, recortes e ajustes. Dois meses se passaram e o novo projeto nasceu. Ele virou ela. O Esquinas de S.P., jornal-laboratório da Faculdade Cásper Líbero, oficialmente, a partir de segunda-feira, dia 02 de abril de 2007, será a Revista Esquinas.

Como manda o figurino, o novo projeto também terá um lançamento especial. Para os casperianos interessados em conhecer as mudanças, a equipe Esquinas, coordenada pela Profª Rosangela Petta, organizou um evento para apresentar a revista aos alunos. Será aberto a todos os interessados e terá duas sessões: às 11h30 e às 18h, na Sala Aloysio Biondi.

Para quem não puder comparecer à apresentação, já adianto uma das novidades: a íntegra do Projeto Editorial reformulado está disponível no Site de Jornalismo da Cásper em formato PDF. Para acessá-lo, clique aqui.

Compareçam e já se preparem para primeira reunião de pauta do ano - que será no dia 09 de abril, na sala 06 (do 5º andar), também em dois horários: às 11h30 e às 18h.

E como não poderia deixar de ser, um brinde a Revista Esquinas!

29.3.07

vergonha alheia

Discursos do vereador Agnaldo Timóteo (PR) na tribuna da Câmara de São Paulo*

Na terça-feira:
“Agora assume a Marta Suplicy (como ministra do Turismo) e a primeira proposta é para acabar com o tal turismo sexual. Pelo amor de Deus, vai prender um turista que levou pro motel uma menina de 16 anos? As meninas com um popozão e os peitos desse tamanho, rodando bolsinha na rua, aí o turista passa a ripa. Tenha piedade!”

“Os meninos aos 15 anos já estão ripando e as meninas não podem fazer sexo ao 16? Vou ver para a gente fazer um trabalho para diminuir a idade sexual dos jovens. Para acabar com esse negócio que só pode transar depois dos 14. As meninas estão lá na rua rodando bolsinha, os estrangeiros chegam, levam para o motel. Não podem ser punidos, não é justo. Isso é frescura. A mulher tem que ter o direito de usar o corpo aos 16 anos”

Ontem:
“Houve uma repercussão desnecessária. Não defendi, nem defenderei, o turismo sexual. O que acho absurdo é prender um homem por ter ido para cama com uma menina de 16 anos que estava rodando bolsinha em qualquer lugar.”

“Essa frescura de dizer que as meninas de 16 anos só transam porque são pobres! Não posso concordar em penalizar os turistas. Eles geralmente vêm atrás dos meninos. Os meninos lindos estão lá esperando também a procura de um cascalho. Não é justo se um menino de 16 anos que pode votar, pode constituir família então você não pode punir uma pessoa que pegou uma menina que está na rua procurando um parceiro”.

*publicados no jornal O Estado de S.Paulo na edição de hoje

28.3.07

receita para um bom dia

- ser recebida com um abraço muiiiitooo aconchegante

- céu azul e brilhos intensos do Sol

- bater papo e colocar as novidades em dia

- caminhar pela Paulista como se o tempo tivesse parado

- quinua c/ cenoura, acelga e castanhas

- kofta de triguilho (almôndegas ao molho de tomate)

- espeto de legumes ao tandoor massala

- suco, salada e sobremesa (tortinha de doce de leite)

tudo isso, é claro, ao lado de uma pessoinha para lá de especial...

25.3.07

o cheiro do ralo

Luiz Carlos Merten, O Estado de S.Paulo, 23 de março de 2007: "(...) O filme sobre solidão urbana, sobre neuroses, narrado com leveza, tem feito rir o público. O personagem de Selton é vil, torpe. Ele poderia errar o tom na interpretação. Acertou. Para o ator, O Cheiro é a história de um canalha que se redime por amor a um derrière."

O ingresso vale - e muito - pela excelente atuação de Selton Mellon que, além de protagonista, também assina a produção do longa de Heitor Dhalia. Se vale pelos 112 minutos? Assista!

Para saber mais, acesse www.ocheirodoralo.com.br

21.3.07

... e lá na Câmara


Foto: Aílton de Freitas / Agência O Globo
Júlio Redecker, deputado pelo PSDB do Rio Grande do Sul, parte para cima de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, durante sessão que discutia a votação de um requerimento contra a instalação da CPI do apagão aéreo.

Foto publicada ontem, 20.03.2007, às 21h27m, no Blog do Noblat

Hoje, em O Estado de S.Paulo:
PMDB dá vitória ao governo contra CPI, que pode ser engavetada hoje

Investigação sobre apagão aéreo sofre revés na CCJ, mas ainda depende de votação no plenário e recurso ao STF
Eugênia Lopes, BRASÍLIA

Depois de muito bate-boca, xingamento e até ameaça de agressão física entre os deputados, o governo atropelou a oposição e conseguiu aprovar ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o recurso do PT que suspende a instalação da CPI do Apagão Aéreo.

A vitória do Executivo ocorreu apesar da revelação, feita ontem pelo Estado, de que relatórios preliminares do TCU apontam irregularidades em obras da Infraero. A informação foi usada como argumento pela oposição, mas no final, com a participação decisiva do PMDB, o Planalto obteve o placar de 39 votos contra 21 na comissão. Agora, o recurso segue para o plenário, onde deve ser levado a votação hoje mesmo.

“A votação do recurso se sobrepõe à votação das 12 medidas provisórias que estão trancando a pauta plenário”, afirmou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS).

Na CCJ, a base aliada votou praticamente fechada com o governo. Aquinhoado com cinco ministérios - falta apenas confirmar o nome do titular para a agricultura -, o PMDB mostrou sua força e garantiu todos os seus 12 votos na comissão. O apoio também foi unânime no PT (11 votos), no PSB (4), no PP (3), no PR (3), no PTB (2), no PC do B (1), no PMN (1) e no PTC (1). A dissidência na base ficou restrita aos dois representantes do PDT na comissão - Sérgio Brito (BA) e Wolney Queiroz (PE) - e ao líder do PV, Marcelo Ortiz (SP). O PDT ainda espera ser contemplado com o Ministério da Previdência, previsto para ser entregue ao presidente da legenda, Carlos Luppi (RJ).

... e na vitrola da Câmara, a base canta um clássico do Trio Mocotó para a oposição. Clique aqui para ouvir a música e acompanhe a letra:

Não Adianta
Trio Mocotó

Não adianta chorar

Não adianta gritar
Não adianta
Não adianta

Não adianta chorar
Não adianta gritar
Não adianta
Não adianta

Tudo que se quer
Tudo que se ama
A vida nos dá
O problema é encontrar
O problema é encontrar

E fui caminhando e tentando encontrar
Em alguém o amor
Prá então eu sentir a beleza que há
Em viver e amar
Eu amei e amei e voltei ao mesmo lugar
Eu amei e amei e voltei ao mesmo lugar

Não adianta chorar
Não adianta gritar
Não adianta
Não adianta

19.3.07

só pra cantar e dançar

porque a música é feliz, porque o filme é lindo...

18.3.07

o trim do telefone e o sorriso

... Numa definição? Um dia clichê - a não programação das horas que o dia traz garante maior importância aos passeios e afazeres tão comuns naquela intensa vida em que insistimos permanecer. Talvez um convite para um cineminha venha com o final da tarde, ou a sugestão seja um passeio no parque só para sentir aquele cheiro de verde (que tanto nos faz falta).

Domingos não são programados, porém, como os outros dias, são previsíveis: o almoço - uma saladinha e um grelhado - nunca é servido antes das quatro da tarde; o jogo do Campeonato Paulista deixará o clima tenso durante quase duas horas - se o alviverde jogar, torcemos pela vitória porque alguns ânimos mudam de acordo com o resultado da partida. Por garantia, é melhor arranjar um programa e sair de casa antes do apito final. O trim do telefone faz o sorrisso se abrir e indica que é hora de descer.

O passeio é decidido no carro. Cinema, teatro, um suco no Fran's ou um filminho bobo no sofá? Todas as opções são as melhores do mundo. O que fazer não é tão importante quando a companhia é para lá de especial. Essencial é que a escolha nos deixe leve - como de fato são os dias de domingo. Um beijo gostoso e o "boa semana" na despedida já impulsionam o desejo de que os próximos dias deixem o tempo voar.

11.3.07

em cartaz

Apesar da correria típica desse último ano de faculdade, ainda tenho conseguido tempo para algumas sessões de cinema. Durante a semana, na terça-feira, para aliviar a tensão desses dias tão malucos - e fazer uma horinha até o almoço -, me refugiei numa das salas do Cinemark do Shopping Santa Cruz. A sessão de Notas Sobre um Escândalo começou, pontualmente, às 10h50. Das mais de cem poltronas, quatro foram ocupadas: eu e mais três velhinhos, que me fizeram sentir menos estranha por entrar na primeira sessão do dia.

Cate Blanchett e Judi Dench em Notas Sobre um Escândalo

Para os que viram Babel e, assim como eu, não tiveram chance suficiente para aplaudir o talento de Cate Blanchett, Notas Sobre um Escândalo, de Richard Eyre, é uma bela oportunidade para reverenciá-la. Cate, como Sheba Hart, é uma artista plástica, mãe de dois filhos (uma garota rebelde de 15 anos e um garoto de 10 com síndrome de Down) e esposa de seu ex-professor, vinte anos mais velho. Sheba é contratada para dar aulas de artes na mesma escola em que trabalha Barbara Covett (interpretada tão magnificamente por Judi Dench), uma professora prestes a se aposentar, e que mora sozinha - apenas na companhia de um gato.

Barbara aproxima-se de Sheba. Tornam-se grandes amigas, até o dia Barbara descobre que a novata professora mantém um caso com um de seus alunos, um garoto de 15 anos. A partir de então, o drama baseado no livro de Zoë Heller e com roteiro de Patrick Marber (o mesmo de Closer - Perto Demais) coloca Sheba nas mãos da amiga - que garante não entregá-la sob a condição de que o relacionamento com o aluno chegue ao fim. Chantagens, ciúmes e agressões físicas e morais trilham os caminhos e segredos de Notas Sobre um Escândalo. Um filme intenso e recomendado - se não for pelo roteiro, será pelos talentos de Cate Blanchett e Judi Dench.

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Ontem a sessão foi dupla (e na mesma sala 2 do Cinermak do Shopping Villa Lobos): Borat e a pré-estréia de Scoop - O Grande Furo. Confesso que ainda não consegui encontrar o meu adjetivo para o filme comandado por Sacha Baron Cohen. Não ri como a maioria das pessoas que estavam na sala, mas também não detestei. Aqui abro parêntese (é óbvio que algumas cenas são extremamente desnecessárias, mas como já li por aí, o diretor Larry Charles apostou numa nova fórmula de fazer documentário. Portanto, tudo é válido). Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País do Cazaquistão Visita a América é tão inovador que, só por isso, os olhos não fogem da tela.

Talvez eu não tenha estômago suficiente para gargalhar de algumas cenas nojentas, mas não pude conter meus ânimos quando a turbinada Pamela Anderson é cooptada pelo magnífico Borat. E, acreditem, antes dessa cena, existem seqüências espetaculares. O repórter do Cazaquistão escancara todas as lições que o grandioso Estados Unidos da América tem a passar para o resto (no sentido literal da palavra) do mundo - e para crer que temos muito a aprender com o país do companheiro Bush, é preciso ver.

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Para mim, a sessão das 21h10 tinha algo de especial - mas só descobriria isso depois de 96 minutos de filme. Mas antes de falar de Scoop, é preciso registrar que, tontos, eu e o Fábio tivemos que sentar em lugares separados porque a sala 2 (sim, a mesma em que assistimos Borat) estava lotada!!! (por que não ficamos lá, hein?). Poderia ser pior, mas por causa da gentileza de um fofo casal, conseguimos lugares próximos.

Voltando ao roteiro de Woody Allen: Scarlett Johansson, a queridinha do diretor, é Sondra Pransky, uma estudante de jornalismo que recebe um furo do récem-falecido-repórter Joe Strombel: a identidade do homem que é conhecido como assassino do tarô. A missão de Pransky, a partir de então, é checar as informações e publicar uma reportagem denunciando o assassino. Para os que se imaginam um dia nessa profissão, a jovem recebe a missão de encarar o que há de mais prazeroso e perigoso do jornalismo investigativo. Sensacional, não?

Para checar o grande furo, Sondra Pransky tem a companhia do mágico Sid Waterman (o maravilhoso Woody Allen). Como de fato tem que ser qualquer roteito de Allen, os caminhos dessa investigação estão carregados de humor e tragédia. Garanto-lhes, além de comprovar que Scarlett é, como me disseram, "além de linda e jovem, muitíssimo talentosa", e que Woody Allen é uma das figuras mais fofas do cinema, Scoop - O Grande Furo é capaz de entusiasmar, nem que seja por 96 minutos, qualquer jornalista (ou aspirante a) que já estava para lá de decepcionado com a profissão.

Só para constar: Woody Allen escreveu o roteiro de Scoop - O Grande Furo tendo Scarlett Johansson em mente para protagonizá-lo. Ela é ou não é a queridinha do diretor?

Hugh Jackman, Scarlett Johansson e Woody Allen em Scoop - O Grande Furo

5.3.07

será?

tenho a sensação de que não nasci para essa profissão...
(acho que entrei na fase questionamento)

domingo, dia de visita




4.3.07

music and lyrics

A Lui ficará inconformada, mas ainda não foi nesse final-de-semana que assisti aos filmes do Clint! Ontem foi noite de filminho fofo! As comédias românticas sempre fizeram parte da minha lista de coisas preferidas. Aliás, abro parênteses aqui (já faz um tempo que não tenho tido muita paciência para os filmes cults do circuito avenida Paulista. Talvez a explicação não convença, mas acredito que, quanto mais os anos passam, menos sérios queremos ser. Começamos a optar por coisas mais leves, sabem? - não convenceu, né?).

Tudo bem, eu assumo: adoro filminhos bobos, com roteiros óbvios, trilha sonora melosa e atores que formam um lindo casal apaixonante. A escolha de ontem: Letra e Música (ou Music and Lyrics, no título original), de Marc Lawrence.

Às 22h00 estávamos na entrada do Cinermak do shopping Villa Lobos tentando descobrir qual era a fila para a sala 2, onde encontraríamos Hugh Grant e Drew Barrymore. Depois de uma atitude para lá de ética - explico: entramos antes de todos só para usarmos o banheiro. A porta da sala 2 estava aberta, mas resolvemos não assumir nossos lugares porque não tinha nenhuma mocinha-que-destaca-o-ingresso na porta. Voltamos para a entrada e enfrentamos uma pequena confusão e uma imensa fila. Ética ainda existe, minha gente! Fechado o parêntese, e sentados na poltrana que inclina do Cinemark, o filminho bobo começa com um clipe anos 80 sensacional! (o vídeo está publicado nos pitacos do Fábio. Clique aqui para assisti-lo).

Grant e Barrymore estão perfeitos. O roteiro é leve, engraçado e muito fofo! - dá uma vontade de ficar sentado na cadeira para a próxima sessão. Além do casal, a música que comanda a história também entra na lista das coisas fofas. Para vocês, Way Back Into Love: