na gafieira

Imaginem 7.500 pessoas de pé sambando, batendo palmas e catando. Imaginem um cenário que reproduz os Arcos da Lapa, da cidade maravilhosa. Imaginem uma iluminação de arrepiar. Imaginem uma orquestra com os trompetes dos mestres Gesiel, Jessé, Flávio e Nelsinho; na cozinha, os chefs Gordinho, Maia, Ura, Jaguará, Felipe D’Angola, Braga, o mago Esguleba, Macalé; o piano de Alfredo Galhões; o 7 cordas de Rogério Caetano, Mestre Paulão no de 6; o bandolim de Marcílio Lopes; o baixo de Luis Louchard; cavacos de Paulinho "Galeto" e Mauro Diniz; e a bateria de Jorge Gomes. Imaginem gritos de uhuuuuuuuuuuuuuuuu e muito gingado. Imaginem também a participação de Dudu Nobre. Imaginem um clima de muita alegria. Imaginaram?!

Tentei, mas é impossível descrever o show do dia 16 de junho de 2007. Zeca Pagodinho, no Credicard Hall. Um presente mais-que-perfeito, eu diria. De uns tempos para cá, minha paixão pelo samba tem aumentado, sabe?! Lá, no baile de gafieira do Padoginho, foi impossível ficar sentada. Antes da terceira música começar, a platéia já estava de pé - e todos tinham comprado lugares para assistirem ao show sentados (mas isso foi impossível). O alvoroço era contagiente. Todos as pessoas com sorrisos nos rostos, e samba no pé. Os pêlos do braço, como eu costumo dizer, ficaram para lá de arrepiados.

A Gafieira do Zeca não foi tão longa - uma hora e vinte minutos de show. Saímos de lá com a sensação de que ainda poderíamos ficar por mais duas horas. Beija-me, Quando a Gira Girou, Verdade, Tive Sim, Quem é ela?, Judia de Mim, Deixa a Vida Me Levar, Casal Sem-Vergonha, Maneiras, Ai que saudade do meu amor, Gafieira, Coração em Desalinho... foram alguns dos sambas que nos embalaram durante aquela noite. Lindo! Lindo! Lindo!

Sou apaixonada por muuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiitassssssss músicas que tocaram no show. Em Coração em Desalinho, minha voz quase acabou (e as pessoas que estavam do nosso lado se assustaram com tanta empolgação), mas escolhi outra para ser a trilha desse post.

Quando a gira girou é a selecionada. Para os que quiserem se deliciar com um samba bonito, cliquem aqui e acompanhem a letra:

Quando A Gira Girou
Composição: Serginho Meriti / Claudinho Guimarães

O céu de repente anuviou
E o vento agitou as ondas do mar
E o que o temporal levou
Foi tudo que deu pra guardar
Só Deus sabe o quanto se labutou
Custou mas depois veio a bonança
E agora é hora de agradecer
Pois quando tudo se perdeu
E a sorte desapareceu
Abaixo de Deus só ficou você

Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou, não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu valor

Quando tudo parece que estar perdido
É nessa hora que você vê
Quem é parceiro, quem é bom amigo
Quem tá contigo quem é de correr
A sua mão me tirou do abismo
O seu axé evitou o meu fim
Me ensinou o que é companheirismo
E também a gostar de quem gosta de mim

Quando a gira girou, ninguém suportou...

Na hora que a gente menos espera
No fim do túnel aparece uma luz
A luz de uma amizade sincera
Para ajudar carregar nossa cruz
Foi Deus quem pôs você no meu caminho
Na hora certa pra me socorrer
Eu não teria chegado sozinho
A lugar nenhum se não fosse você

Quando a gira girou, ninguém suportou...

ps: o post demorou, mas chegou!

...que venha a roda de samba!

Depois de uma semana inteira em frente ao computador - para escrever não sei quantos mil caracteres -, o presente dado por ele veio num momento mais-que-perfeito...

Ok, confesso que a idéia de colocar um vídeo é dele - mas eu copiei mesmo! =)

sobre a surpresa da noite...

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um sopro

Os cinco leitores que passam por aqui já estão cansados de saber que a minha vida está para lá de corrida. Já nem preciso falar que, em menos de 15 dias, os primeiros cinqüenta mil caracteres do nosso livro-reportagem deverão estar prontos; que tenho muitas e muitas reportagens da Esquina para editar; que o segundo bimestre já está colocando as manguinhas de fora - mostrando os milhares de trabalhos e provas que nos darão dores de cabeça... Tudo isso todos vocês já sabem, né?! Mas, apesar estar com a agenda para lá de lotada, preciso de uns momentos sossego...

E, como não poderia deixar de ser, consegui me desligar - não tanto, confesso - da minha louca e intensa rotina nessa final de semana - que, infelizmente, está chegando ao fim. O primeiro refúgio do sábado chuvoso e gelado foi a sala 3 do Espaço Unibanco, às 19h20. Na telona, Proibido Proibir, de Jorge Dúran. Paulo (Caio Blat), Leon (Alexandre Rodrigues) e Letícia (Maria Flor) moram no Rio de Janeiro - mais precisamente, no subúrbio da cidade que, como mostra o longa, em muitos lugares nem é tão maravilhosa assim.

Os três estudam na mesma universidade: Paulo é aluno de medicina, Leon de sociologia e Letícia de arquitetura. Paulo e Leon são amigos do peito e dividem um apartamento na Zona Norte do Rio. Letícia é namorada de Leon, mas ela e Paulo se apaixonam, e a convivência dos três quase nos leva a acreditar que a essência do longa será a história de um triângulo amoroso - para nossa sorte, não é! O filme de Dúran não escancara nenhuma novidade, mas a forma de contar é um tantão diferente - nos envolve, nos provoca e nos faz sair da sala com a certeza de que o ingresso valeu muito a pena. Para saber mais sobre o filme de Jorge Dúran, clique aqui.

Dada a primeira dica, peguem papel e caneta. Pegaram? Anotem na agenda: visitar a nova loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional! Saímos do Espaço Unibanco e corremos para aqueles 4,3 metros quadrados. Ao entrar no paraíso dos livros, cds, dvds, revistas e ...., o choque foi enorme que nem sabíamos por onde começar. Como estávamos com fome, a primeira parada foi Café V - um café com muitas coisas gostosas (e um tantinho caras, é claro!). Depois dos quitutes, fomos nos deliciar pela mega-loja. Dá vontade de passar hooooooooorassssss - mas chegamos a conclusão que sábado à noite não é um bom dia para passear por lá (estava LOTADA!). Ah, o serviço, é claro: Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Avenida Paulista, 2.073. Tel. (11) 3170-4033. De segunda a sábado, das 9 horas às 22 horas. Domingos e feriados, das 14 horas às 20 horas.

Depois da chuva do sábado, o Sol deu as caras hoje de manhã. Não levou o frio embora, mas deixou o dia bem mais bonito e nos deu coragem para sair de casa. Sorte a nossa! A tarde foi muitíssimo agradável e o filminho escolhido para fechar o final de semana não poderia ser melhor: Oscar Niemeyer - A vida é um sopro. Foram 90 minutos ao lado das curvas e sopros de Niemeyer. O documentário é costurado por imagens de arquivo inéditas e raras, e por depoimentos de personalidades como os escritores José Saramago, Eduardo Galeano e Carlos Heitor Cony, o poeta Ferreira Gullar, o historiador Eric Hobsbawn, o cineasta Nelson Pereira dos Santos, o ex-presidente de Portugal Mário Soares e o compositor Chico Buarque (da sinopse original). Lindo e recomendadíssimo. Se antes de assistir, você quiser saber um pouco mais sobre a produção de Fabiano Maciel e Sacha, clique aqui.

Ah... sei que está em cima da hora, mas quem perder o sono durante a madrugada, ligue a televisão na TV Gazeta. Hoje, às 01h00, sou eu quem apresenta ao Edição Extra - o único programa-laboratório do país apresentado em TV aberta. Durante 30 minutos são apresentadas cinco reportagens sobre as novidades e os bastidores da comunicação brasileira (do site oficial). Para os que não ficarem acordados, ou os que lerem esse post só amanhã - e acharem que vale a pena -, em breve o programa de hoje estará disponível na internet. Para assisti-lo, acessem o site do Edição: www.facasper.com.br/jo/edicao_extra.php