28.4.08

para matar a saudade

Todos me disseram: "aproveite, você vai sentir saudade". Acertaram. A palavra do meu momento é saudade. Hoje de manhã, quando olhei para o céu, não resisti: lembrei dos meus dias de caminhada no parque do Ibirapuera. Lembrei também de como era bom tomar café da manhã com calma, ler o jornal por quase duas horas, fazer nada nas horas que ainda restavam para o dia acabar... Saudade também de não peder um tempão no congestionamento.

Sim, como perceberam, minha rotina "de férias" acabou. Ok, não posso reclamar, vai: estou frilando - e teoricamente, daqui a uns dias, voltarei para o mundo encantado... Passo por aqui só para explicar a ausência. Eu, quando entro na vida corrida-e-agitada do mundo jornalístico, perco a inspiração. E, diferentemente dos meus amigos admiráveis, preciso dela para escrever. Sou uma blogueira fajuta, confesso. Mas prometo que em breve volto para contar sobre o meu primeiro encontro com o tango. Para os que são curiosos, já adianto que fiquei encantanda - mais pela música, do que pela dança. Ainda não consegui encontrar as palavras para descrever o que vi no sábado, numa apresentação no Mube. Garanto, porém, que foi uma das experiências mais emocionantes e bonitas que já vivi...

Apesar de ter sido contagiada pelo tango argentino, a bossa nova voltou a ser trilha sonora da vez. Há mais de uma semana, todas as minhas manhãs, apesar terem o sono e a vontade zero de sair de casa como protagonistas, ganharam aquele quê de felicidade. Durante o banho, tem sido impossível não cantarolar techos de "Samba do Avião" e "Chega de Saudade". Para aliviar a tensão, para recuperar a leveza, para não deixar as coisas chatas do dia-a-dia tomarem conta de nossas vidas, para matar a saudade dos dias de Sol e céu azul, canto e conto as horas para o reencontro...

15.4.08

o susto e o anjo

Começo a escrever este post com as mãos ainda um pouco trêmulas. O ônibus em que eu estava agora de manhã foi assaltado. Mas o meu anjo da guarda trabalhou muito bem. Explico: assim que o ônibus atravessou a ponte do Jaguaré, dei sinal para descer. Meu destino era o prédio da Editora Globo (onde comecei um outro frila há uma semana). O ônibus parou. Fui a primeira a descer. Estava com o jornal na mão, muito distraída, e pensando sobre a notícia que tinha acabado de ler. De repente, ouvi "corre, é um assalto". Olhei para trás e todo mundo estava correndo. O que aconteceu? O ônibus parou, e enquanto eu e outras pessoas descíamos, o assaltante, que estava fugindo da polícia, entrou pela porta da frente. Ainda bem que, quando estou meio sonolenta, o meu anjo está bem acordado. Foi só um susto, mas acho que está na hora de eu começar a ficar mais esperta...

4.4.08

versão analógica

Hoje ouvi que o Orkut já é coisa do passado. Faço parte de um pequeno grupo de pessoas que não têm um perfil na rede de relacionamentos. Já tive, confesso. Mas a minha página não durou nem um ano. Essa história de amigos virtuais, para mim, que sou mega reacionária em alguns quesitos, não rola. Ok, podem me xingar, mandar seus protestos e queimar minha foto em praça pública. Mas sou assim. Fazer o quê?

Minha vida no mundo virtual acontece por meio deste blog, do meu email e do msn - mas a maioria das mensagens instantâneas são trocadas só com a minha mãe. Os meus outros 150 contatos raramente ficam "piscando" na tela do computador. E por não ser uma garota antenada, estou no momento "o mundo mudou e ninguém me avisou". Explico: por conta de um frila, sobre o qual não posso dar mais detalhes, estou navegando pelas novas mídias, e percebi que o que era novo para mim já ficou velho há muito tempo (como dizem que aconteceu com o tal do Orkut).

Como escrevi agora há pouco num email para um amigo, são tantas novidades no mundo digital que já comecei a me sentir meio retardada. Tenho tido a certeza de que não vai demorar muito para acontecer comigo o que todos "os mais velhos" tanto temem: não saber (nem conhecer) as novas ferramentas da era moderna - como aconteceu com os nossos pais com o surgimento da internet, sabem? O mundo fica cada vez mais moderno e dinâmico, e eu continuo lendo o meu jornal, na boa versão em papel-jornal (o que, cá para nós, eu acho ótimo).

Sei que pessoas como eu, que vivem desprendidas do mundo das novas mídias, são raras. Mas, sinceramente, abro mão do meu espaço no MySpace, Second Life, Facebook e nos tantos outros semelhantes que devem estar surgindo neste exato momento! É muita coisa para minha cabecinha analógica. ;)

off-topic: no sábado passado passei uma tarde na rua Javari, lá na Mooca. Conheci, enfim, a casa do Clube Atlético Juventus. Foi uma delícia. Se quiserem saber os detalhes da minha visita ao Estádio Conde Rodolfo Crespi, deliciem-se clicando aqui.