20.9.07

um tantão mais feliz

do workshop
Não tem jeito. Sempre reclamo da correria, mas nunca consigo ficar parada - acho que, inconscientemente, gosto da vida agitada e das mil coisas para fazer ao mesmo tempo. Na semana passada, participei da quarta edição do Workshop de Telejornalismo organizado pela Faculdade Cásper Líbero em parceria com a NBC e com o consulado norte-americano. O objetivo: fazer um telejornal de 15 minutos, produzido, editado, apresentado por nós, os alunos. Foram cinco dias de muuuuiiiiitooo trabalho e vida pessoal zero.

Começou na segunda-feira. Para garantir minha vaga no Workshop, precisaria estar no 4º andar da Cásper até às 18h15. Sai da Época um pouco antes das 17h. Depois de muito trânsito na Heitor Penteado, na Dr. Arnaldo e na Paulista, já tinha me conformado com o fato de não chegar a tempo. Desencanei. Mas, por um momento, o tempo conspirou a meu favor. Cheguei na porta do estúdio onde seria o primeiro encontro do Workshop às 18h14. Da lista dos selecionados, fui a última a entrar. Apesar de tentar parecer tranqüila, confesso que meus nervos estavam à flor da pele. Sabe aquela dor de barriga de ansiedade? Ela também resolveu marcar presença. Mas eu já não tinha o que fazer. Invoquei a serenidade e deixei as coisas rolarem.

Antes de começar, vimos um vídeo de apresentação da equipe com a qual trabalharíamos durante aqueles dias: Charlie Bragale, chefe de redação da NBC; Luis Urbina, repórter cinematográfico da NBC de Washington; Margie Ruttenberg, editora-chefe do telejornal News 4 at 6; e Miguel Almaguer, repórter do News 4 at 11, outro telejornal da emissora. Além dos profissionais da NBC, o correspondente da Globo em Washington, Luiz Fernando Silva Pinto, também foi convidado para integrar a equipe do Workshop desse ano.

Era chegada a nossa vez. Da direita para a esquerda, começamos a nos apresentar - a idéia era seguir o roteiro nome, idade, qual função queria exercer e por qual motivo. Fui uma das últimas. Antes de começar a falar, pensei em várias coisas. Na hora, deu branco e improvisei. Na segunda ou terceira frase, fui interrompida: "Thais, não queremos saber de toda a sua vida. Fale apenas o que você quer fazer aqui". Cinco segundos de frio na barriga. "Ok, eu quero ser produtora ou produtora executiva". Falei mais algumas coisas, mas por conta do nervosismo, cinco minutos depois, esqueci o que tinha dito.

Terminada a fase apresentação, a equipe da NBC e Luiz Fernando Silva Pinto reuniram-se durante uns 15 minutos para definir as funções de editor-chefe e produtores executivos. Durante esse tempo, deu até para dar uma relaxada na tensão. Decidido, a Margie anunciou a escolha. Para minha surpresa, fiquei com o cargo de editora-chefe. Bateu um tiquinho de transtorno, por alguns segundos, não soube direito o que fazer. Lembrei que já tinha sido alertada sobre função: "o editor-chefe tem que ter dedicação total". Dito e feito. Naquela mesma noite, eu, a Paola e a Suka (que assumiram a produção executiva) tivemos que decidir quais pautas entrariam ou não no telejornal. Assim foi dada a largada para a semana em que fui quase jornalista de verdade. Dormir foi praticamente desnecessário. Em cinco dias, foram vinte horas de sono ao todo. Além de editora-chefe, fui frila da Época e aluna do 4º ano da Cásper - ou seja, no final da semana, só restaram cacos de mim. Mas tenho que deixar registrado: foi muito muito muito muito bacana! O resultado compensou todo o cansaço! A equipe da NBC, em especial a Margie, deixou muita saudade. Aprendi demais durante o Workshop, e como eu disse na sexta-feira, quando o telejornal foi apresentado para os alunos da Cásper, nada teria sido feito sem a participação de cada pessoa que estava por lá. Eles foram essenciais para que o Edição da Noite (como nomeamos o telejornal) fosse para o ar! Parabéns!!!

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do aconchego
Depois dessa semana intensa, um merecido e aconchegante descanso ao lado de uma companhia gostosa e especial. Um final de semana para recarregar as energias e voltar mais leve e muito mais feliz por ele ter voltado mais cedo daquela viagem...

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do pequenino
Ontem, dezenove de setembro de dois mil e sete, o pequenino Pedrinho completou mais um aninho de vida. Já faz seis anos que ele chegou para deixar a nossa vida um tantão mais especial. O abraço, os parabéns pra você e os presentes só serão no final de semana, mas deixo por aqui o meu obrigado, Pedrinho! Te amo, viu?!

13.9.07

"... ou a morte política do Senado"

Nota de falecimento
"Eu sei que nesta quarta-feira, quando o plenário do Senado votar pela cassação ou não do senador Renan Calheiros, vai haver uma morte. A morte política do próprio Renan, ou a morte política do Senado"
Fernando Gabeira (PV-RJ)

3.9.07

(bem) longe do marasmo

Sim, eu sei que todos sabem que esse blog já não blog há muito tempo - porque blog que é blog não adere ao marasmo - como tem feito o Texto da Gaveta. Aceitem minhas desculpas porque, além de viver, os afazeres do último ano da faculdade têm acabado com a minha capacidade criativa. Não achem, é claro, que a minha vida, assim como o blog, também parou. Pelo contrário - o tempo tem passado mais rápido nos últimos tempos (não sei se ficou feliz ou preocupada. Quanto mais rápido passar, menos será o tempo que teremos para terminar o TCC... ai!).

Da vida corrida, duas novidades: uma boa, outra ruim. Começo pela ruim: na sexta-feira, dia 31 de agosto, foi o meu último dia como editora da Esquinas. Foi muito bacana aprender a criar uma revista desde o começo. Foi bacana trabalhar com as pessoas que trabalhei. Foi bacana ver que o resultado nos encheu de orgulho. Foi uma experiência que, com absoluta certeza, deixou um montão de coisas boas. Tenho certeza de que a próxima edição surpreenderá muito mais. Aos esquinetes, sorte por aí! =)

A boa notícia: o contrato como frila da Época venceu também na sexta-feira, dia 31 de agosto. Mas para a nossa boa surpresa, decidiram nos deixar por mais um tempo aqui na redação. Ainda não tenho detalhes de quanto será esse tempo, mas só de saber que poderemos desfrutar mais um pouquinho do cotidiano de uma grande redação, já é suficiente. Ainda não pude (e não posso) contar o que tenho feito por aqui, mas garanto que a pauta me agradou desde o início. Apesar de saber que ainda temos muito o que fazer - e que é preciso controlar a ansiedade -, não vejo a hora de ver a revista com a nossa reportagem nas bancas (acho que vai dar um orgulho, viu?!).

Por aqui, temos trabalhado muito. E por isso, desde que as aulas voltaram, passei a estudar no período da manhã. Abandonei o JOC, e parti para o JOA. Felizmente, tenho passado menos tempo possível nos corredores abafados do Paulista, 900. Chegar em casa antes das oito, nove horas da noite não tem preço. Mudar para manhã foi uma escolha pessoal (hehehe). Estava cansada de chegar em casa depois da meia-noite - mais do que isso, estava cansada de esperar mais de uma hora o ônibus para chegar no meu doce lar. Estudar de manhã facilita - e muito - a vida, viu?! Além do que, posso assistir tranqüila e calmamente aos apetitosos capítulos de Paraíso Tropical (por falar nisso, quem matou a Taís, hein?! Eu aposto na Heloísa - a ex do Evaldo!).

Confesso que durante a semana a vida está numa rotina para lá de fixa. Cásper - Época - Casa. Nada mais além do que o obrigatório. É chato, é claro. Mas faltam forças para encarar fugas (deprimente, né?! Diziam que o último ano da faculdade era assim, eu é que não queria acreditar...). Mas planos não faltam. Todo dia penso que tenho que me matricular num curso de inglês e passar na academia para começar a fazer pilates (sim, as encanações com as gordurinhas do meu corpo continuam)... o problema é que só penso. Acho que, na verdade, guardarei todos esses projetos para o próximo ano - já que, a princípio, a minha agenda de recém-formada estará para lá de vazia!

Apesar de estar com os nervos à flor da pele por conta de ter entrado nos rumos finais do ano e do TCC, sinto que esse ano tem sido muito mais leve - talvez porque eu estou mais leve, né?! Acho que as horas contadas para que os finais de semana cheguem mais rápido fazem com que a semana seja menos tensa...

Dica vá ao cinema:
Santiago, para entender porque João Moreira Salles não conseguiu terminar o documentário em 1992;
Os Simpsons, para dar muita risada;
O Grande Chefe, para apesar de rir, continuar achando que Lars Von Trier esteve em sua melhor fase com Dogville