27.3.08
no mundo só de tempo
15.3.08
época debate
Para os que querem matar curiosidade sobre o misterioso (e às vezes inexplicável) frila que fiz na editoria de Brasil de uma das mais importantes revistas semanais do país, basta comprar a Época que chegou às bancas neste sábado. A edição nº 513, de 17 de março de 2008, traz "um suplemento de 20 páginas, que inaugura uma série sobre os temas que definirão o futuro do país". Para o primeiro número, a reportagem especial "Lugar de corrupto (não) é na cadeia".
A chamada de capa explica: ÉPOCA fez um estudo inédito das mais de 200 operações da Polícia Federal para desbaratar quadrilhas de corruptos realizadas desde 2003.
O lado positivo: a polícia nunca trabalhou tanto.
O lado negativo: de cada 100 envolvidos nas denúncias, apenas 7 estão presos. O que fazer para acabar com a impunidade?
Acabei de comprar o meu exemplar. É como ter um filho, sabe? Desde o primeiro dia de apuração, passaram-se mais de oitos meses. Foi quase um parto mesmo. Até brinquei quando soube que a reportagem sairia essa semana: "queria ter ido até a gráfica só para filmar o nascimento. Como aqueles pais de primeira viagem na sala do parto."
Mais legal do que encontrar, ao final da reportagem, o meu nome no expediente, é saber que, depois dessa cobertura, me tornei mais profissional. Aprendi muito. Muito mesmo. Tenho um orgulho danado de ter feito parte da equipe. O Wálter Nunes, um puta repórter, apostou em gente jovem como eu. Agradeço. E tiro o chapéu para ele. Participar de uma cobertura como essa foi uma das coisas mais legais e prazerosas que já fiz. Apesar de ter acabado de me formar, e de ter a certeza de que muitas outras grandes reportagens virão, tenho absoluta convicção de que essa já entrou para a história. Descobri que tenho muita afinidade com o mundo da política. Quero, se tudo der certo, trabalhar cobrindo os bastidores do poder por muito tempo... Torçam por mim! Ah, só peço uma coisa. Aos que comprarem, um recado: mandem os comentários, ok?
Atualizando: para os que não conseguirem comprar a revista, cliquem aqui e leiam a versão digital de 'Época Debate'.
11.3.08
de um desassossego
Durante a minha infância, estudei em vários colégios diferentes. Toda mudança era sempre carregada de expectativa e dores de barriga. Na vespéra do início das aulas, então, eu sempre sentia que o meu coração ia sair pela boca. É como me sinto hoje - mas, dessa vez, papai e mamãe não me deixarão na porta da escola, e não estarão segurando a minha mão.
Já era hora, né?! =)
(com tantos sinônimos de ansiedade juntos, não poderia mesmo me assustar com o recém-descoberto diagnóstico de gastrite nervosa, né?!)
Quando as dores de barriga ainda eram por causa do primeiro dia de aula!
7.3.08
promessas e desculpas
amanhã é comemorado o 'Dia Internacional da Mulher'. Tenho pensado muito sobre a mulher que sou, sobre a que eu gostaria de ser, sobre a que eu jamais seria, sobre as que me inspiraram, sobre as que ainda me inspiram, sobre as que me apoiam (e que eu apóio também), sobre as que me fazem rir ou chorar, sobre as que eu amo, sobre as que sinto falta, sobre as que cantam as minhas músicas preferidas, sobre as que fizeram os filmes que eu jamais esquecerei... A senhora faz falta por aqui. Sei que estou em dívida. Sei que não existem mais desculpas para adiar a tão desejada visita. Sei o quanto é ruim não nos encontrarmos diariamente como antes. Sei que a nossa presença também lhe faz muita falta. Sei que os últimos anos não foram os mais fáceis de nossas vidas. Sei, acima de tudo, que o meu maior desejo era estar aí hoje.
Mas, nesses quatro anos que se passaram, aprendi muitas coisas sobre a vida. Descobri que nem sempre podemos fazer tudo o que o nosso coração tanto pede. Às vezes, sinto-me de mãos atadas. Mas não deixo de pensar que as minhas frutas e flores logo serão colhidas - e, conseqüentemente, meus mais inalcançáveis sonhos serão atingidos. Confesso, porém, que me sinto uma mulher melhor a cada dia que passa. Consegui um tempo para pensar em mim - e, enfim, deixei para trás aquela tristeza que acompanhava todos os meus passos. Sou mais segura. Sou menos aflita. Sou mais compreensiva e mais calma. Mas ainda acredito que posso mudar e comandar algumas coisas que estão ao meu redor. Vez ou outra, a frustração bate em minha porta. Infelizmente, nem todas as soluções estão ao meu alcance.
Mas essa carta é para tentar lhe mostrar o quanto é grande o meu amor pela senhora. Não só por tudo que fez (e ainda faz), mas por ter nos dado as melhores coisas de nossas vidas - ainda bem que a senhora e o vovô se reencontraram. Ainda bem que tiveram a menininha Maria Luiza. As suas netinhas, em especial a mais velha, e o netinho agradecem.
Vó, também sinto muita saudade. Das conversas na sala, das risadas, do chuchu refogado, do seu colo, de assistir aos jogos do Palmeiras com o coração na mão, dos seus comentários sobre as pernas do Ronaldo, das suas histórias de mocidade, das marchinhas de Carnaval, das broncas, da sua companhia, daqueles lanches da tarde no apartamento antigo... São tantas as saudades...
Segurando as lágrimas, termino essa simples carta dizendo obrigada. No meu 'Dia Internacional da Mulher', a senhora merece todas as minhas homenagens (e todas as minhas desculpas por ainda não ter cumprido todas as promessas que já fiz).
Te amo!