26.2.07

ufa!

agenda do dia

6h30 - obrigada, deixo a cama e o endredon.
7h - café da manhã.
7h20 - uma passada pela internet para saber sobre os premiados no Oscar.
7h30 - começo pelo Caderno 2, depois Metrópole, Esportes, Link, Economia e, enfim às...
8h30 - Primeiro Caderno. Estadão do dia 26 de fevereiro de 2007 devorado.
9h - banho.
9h50 - bom dia para os porteiros.
10h - troca de esmalte e o desing arruma a sombrancelha.
10h29 - encosto o bilhete único na catraca.
10h35 - desço depois do Shoping Iguatemi para esperar o próximo ônibus.

(...)

(meia hora depois)

11h05 - descubro que o "Cid. Universitária" não circula mais pelas ruas de São Paulo. Humpf!
11h10 - caminhada até a Avenida Rebouças.
11h20 - entro no "Butantã - USP".
11h45 - dou sinal e desço em frente à ECA.
11h50 - prédio errado. As informações não batem. Ninguém conhece o Paulo.
11h55 - depois de muitas perguntas, encontro o Paulo com mais dois livros (para a bibliografia do TCC, é claro!).
12h - conheço Cremilda Medina. troco meia dúzias de palavras e um "até mais".
12h15 - onde passa um ônibus para a Avenida Paulista?

(ninguém sabe)

(...)

12h25 - encontro o ponto e entro no primeiro ônibus. No letreiro, Rua Augusta - pensei: deve cruzar a Paulista.
12h45 - desço em frente ao Conjunto Nacional, por preguiça, outro ônibus.
12h50 - entro no Paulista, 900.
12h55 - 5º andar, elevador subindo.
13h - "USP Leste e seus vizinhos" e "Forró na Garoa" nas mãos do companheiro de TCC. Uma rápida conversa e um convite para o almoço (tudo que eu precisava!).
13h15 - como é no Monet, só um lanche natural e uma salada de frutas.
14h - de volta à labuta.
14h às 16h30 - conversas, novos planos para o Esquinas, Oscar, risadas, signos, pesquisas no google, barulho do telefone...
16h30 - uma surpresa: amigas queridas fazem uma visita.
16h35 - descemos para tomar um suco.
16h50 - elas vão ao cinema, eu fico.
17h - responde uns emails, uma passadinha no msn.
17h30 - retoque na exposição do Esquinas.
18h - com uma amiga, chega mais material de pesquisa para o TCC.
18h30 - "jornalismo", atendo ao telefone. Um sorriso.
19h - uma conversa com a Coordenadora de Projetos Experimentais. Dúvidas, muitas dúvidas.
19h30 - um café no Monet.
20h20 - depois de sete horas, saio do prédio.
20h25 - com o pé encharcado, corro para pegar o ônibus.
20h30 - desço na Joaquim Floriano. A chuva aperta.
20h50 - enfim, chega o "6401 - Vila Olímpia".
21h10 - na porta do prédio.
21h15 - em casa.
21h20 - banho.
21h30 - uma saladinha e peixe. Fruta de sobremesa.
22h - uma passada nos emails.
22h20 - o telefone toca. outro sorriso.
23h15 - começo a atualizar as minhas gavetas.
23h45 - hora de dormir.

Sim, o ano tudo-ao-mesmo-tempo-e-agora começou!

24.2.07

um quê de...

Quinta-feira, pós-Carnaval: assim que acordei e percebi que enfretaria os ônibus lotados, o trânsito de São Paulo e um dia quase inteiro de trabalho, pensei: por que não estendem o feriado até domingo? Por que termina na quarta-feira ao meio dia? Com certeza, isso foi obra de alguém que não trabalha - e, óbvio, não precisa utilizar o transporte público da nossa megalópole! Um grande gozador, eu diria!

Tá, vou parar de reclamar, vai! Mesmo terminando na quarta das Cinzas, meu Carnaval foi sensacional. Não, ainda não desfilei na Sapucaí cantando e pulando ao som do samba da Portela (destaco o ainda porque desfilar é um dos planos para 2008!), também não passei pela encantadora São Luís do Paraitinga para conhecer os blocos e as marchinhas que levaram mais de 120 mil turistas à pequenina cidade, tampouco dancei o frevo do Recife... Não, nada disso aconteceu. Mas tenho que dizer: o meu Carnaval foi para lá de aconchegante!

A companhia e o lugar não poderiam ser mais-que-perfeitos. Claro que o cenário estava um tanto quanto cheio, mas isso não tem tanta importância quando aquela pessoinha especial está ao seu lado. Por mais estranho que possa parecer, o Sol tomou conta do céu de Ubatuba, não abrindo espaço para a tão tradicional chuvarada (e pasmem, dessa vez não fiquei toda vermelha. Viva o fator 60!). Muito Sol, água de côco, mergulhos no mar do Lázaro e suspiros apaixonados! Insisito: por que o Carnaval termina na quarta e não no domingo? Humpf!

Esses dias nas praias ubatubenses sempre nos deixam mais leves (e, para esse ano, nas bandas de cá, isso é para lá de essencial). Como ele já escreveu, "Ubatuba deve ter um quê de afrodisíaca" - e eu concordo. Além de mais apaixonada, volto mal acostumada. A vontade de ficar para sempre por lá ao lado dele é tentadora - ainda mais quando os termômetros de São Paulo marcam 34ºC num sábado à tarde e o coração está tão cheio de coisas boas para viver!

Ei, quando é o próximo feriado?

17.2.07

antes de dormir II

a música que não sai da cabeça resume o meu desejo para os dias de Carnaval...

Mimar Você (na voz do Caetano Veloso)
Alain Tavares, Gilson Babilônia

Eu te quero só pra mim
Você mora em meu coração
Não me deixe só aqui
Esperando mais um verão
Te espero meu bem
Pra gente se amar de novo

Mimar você
Nas quatro estações
Relembrar
O tempo que passamos juntos

Bem bom viver
Andar de mãos dadas
Na beira da praia
Por esse momento
Eu sempre esperei

antes de dormir

em dias como os de hoje - em que, logo pela manhã, você ouve que está gorda, que aquela dorzinha de cabeça te incomoda o dia inteiro e que uma conversa pelo telefone te faz sentir medo de errar -, o melhor é ir para cama dormir... só para que chegue amanhã e tudo fique um tantinho mais leve...

15.2.07

sobre a pauta da semana

É preciso que o horror seja escancarado para pensarmos em soluções que detenham a violência que tem se alastrado por aqui.

Com a morte do pequenino João Hélio Fernandes, autoridades, a imprensa e cidadãos ficaram chocados. Começou um movimento de protesto contra a barbárie. Uns defendem, é claro. Mas outros dizem que de nada adianta pensar em soluções "no calor da emoção".

Hoje, em sua coluna na página A6 do jornal O Estado de S.Paulo, Dora Kramer escreve um excelente artigo sobre o assunto, intitulado "O motor da emoção". Para os que não leram, dedico esse espaço do Texto da Gaveta às palavras da articulista.

O motor da emoção*
Dora Kramer

Se o Brasil fosse um país racional, os apelos dos presidentes da República, do Supremo Tribunal e da Câmara para que não se discuta violência e criminalidade em momentos de grande comoção seriam muito adequados. Um debate racional sempre tem mais chances de alcançar melhores resultados que uma discussão emocional.


O problema é que o Brasil é um país quase que só movido a sensações. Na política prova disso são os critérios do eleitorado para a escolha dos governantes executivos e representantes legislativos, muito raramente baseados na competência. Os atributos de 'carisma', identificação pessoal e capacidade de tocar os corações preponderam sobre a racionalidade no exame das características de eficiência, caráter e conduta do candidato.

A suscetibilidade a emoções também domina o cotidiano, notadamente em relação ao tema que mais nos infelicita, a segurança pública. Diante do descalabro, todas as indignações explodem para, quando arrefecidas pelo tempo, repousarem na mais completa indiferença até que o horror desperte de novo a revolta e, com ela, o sentimento da providência urgente.

Não convém, portanto, desperdiçar esse sentido de urgência. Por mais que possa estar misturado ao desespero, nunca será tão maléfico quanto a paralisia, hoje mais próxima da catatonia.

A moderação é boa, e, em autoridades, indispensável. Mas nesta altura dos acontecimentos e ante a repetição do mesmo roteiro de altos de baixos e da falta de uma posição veemente e ativa do aparelho de Estado, soa como uma espécie de rendição à fatalidade.

Aos criminosos nada mais confortável que o lado da legalidade invocar os preceitos da moderação. Eles não são moderados nem tampouco racionais. São tratados com toda a cortesia pelo lado de cá, que não pode quebrar o compromisso com a legalidade, mas também não pode continuar renovando eternamente o contrato legal feito em cenário menos selvagem.

Não se trata de responder com selvageria igual, mas de uma defesa mais contundente da sociedade legal, de fazer prevalecer a lei do mais forte. Não nos termos da selva. Nas condições da civilidade que, para isso, precisa estar na posse de toda sua energia - por que não? - emocional. É ela que manterá acesa a mobilização popular, único motor eficaz para impulsionar o poder público, cuja tendência, quando não há cobrança e pressão, é de se acomodar em suas questões internas em detrimento do interesse externo.

Discute-se no governo, no Congresso e na imprensa quem será o novo ministro da Justiça, mas não se fala sobre o essencial: qual é mesmo o pensamento da administração pública federal a respeito do que fazer? É a redução da maioridade penal? É a construção de presídios? É a limpeza das polícias? É o endurecimento da lei? É a violência de Estado?

Talvez tudo junto e mais a consciência de que o desrespeito (seja pequeno ou grande) à lei não pode continuar a ser um valor social e culturalmente aceito, e de que os problemas difíceis de resolver ficam cada vez mais graves e insolúveis quando varridos para debaixo do tapete da indiferença.

Indiferença, esta, aliás, atrás da qual a cada dia menos temos oportunidade de nos esconder. Não por vontade, mas pela imposição dos fatos.

Como ponderou o deputado Fernando Gabeira com precisão, a propósito dos chamados à moderação, assim que a hediondez da morte do pequeno João Hélio provocou nova onda de tomada de consciência sobre o perigo que ronda a todos: não há mais momentos de tranqüilidade no tocante à violência, nunca mais haverá períodos de normalidade se algo não for feito para conter a seqüência de barbaridades que dizima as vidas e insensibiliza as almas.

O que fazer exatamente ninguém sabe, mas todo mundo sabe que algo precisa acontecer para tirar o País desse moto perverso de substituição paulatina da atrocidade de ontem pela monstruosidade de hoje que, em perspectiva, sempre será menor que a bestialidade de amanhã.

*Artigo publicado na página A6 do jornal O Estado de S.Paulo em 15 de feveiro de 2007

11.2.07

últimas notícias

A correria dos últimos dias não tem me deixado sentar com calma em frente ao micro para autualizar as minhas gavetas, por isso esse será um post de notas curtas sobre as novidades que chegaram com os primeiros dias desse segundo mês de 2007. Vamos lá:

do Esquinas
A gestão 2007 do Esquinas de S.P. começou oficialmente no dia 1º de fevereiro. O nosso primeiro encontro com o local em que passaremos - pelo menos - cinco horas de nossos dias desse longo e intenso ano foi marcado pela faxina e organização. Pó, muito pó; caixas, muitas caixas e papéis, muitos papéis nos fizeram passar quase doze horas dentro da sala de Órgãos Laboratoriais no 5º andar da Paulista, 900. Depois de bastante trabalho - e muito lixo -, apesar de cansativo, o dia foi proveitoso. Há tempos não sentia essa animação com o início de um novo trabalho. Não tenho certeza, mas esses novos ventos me trazem a sensação de que será um ano para lá prazeroso!

do Kotscho
"Para a futura colega Thais,
Foi escolher a melhor profissão do mundo e vai continuar contando estas histórias.
Boa sorte!
Beijo do Ricardo
03.02.2007"

Esse é o autógrafo que agora faz parte do meu exemplar do livro "Do Golpe ao Planalto", de Ricardo Kotscho. Por coincidência, na semana em que terminamos de ler suas memórias, Kotscho foi, ao lado de José Hamilton Ribeiro, um dos convidados para participar do evento O Autor na Praça, na Praça Benedito Calixto, no sábado retrasado, dia 03 de fevereiro. Como não poderia deixar de ser, passamos por lá para, além de conhecê-lo pessoalmente, parabenizá-lo pelo livro - que, com absoluta certeza, indico como leitura! Kotscho, além de um jornalista pra lá de talentoso, é muito simpático! Um fofo! =)

Pro Dia Nascer Feliz
João Jardim faz um excelente trabalho no documentário Pro Dia Nascer Feliz. Mais do que um retrato da falência do ensino no Brasil, o filme escancara a descrença de boa parte dessa juventude que, como dizem por aí, é futuro do país. Infelizmente, Jardim prova que os caminhos que estão por vir não condizem com aqueles que são divulgados pelas autoridades. A Educação faliu, e quase todos fingim não saber. Uma pena.

do Paulo Autran
Ontem fomos assistir O Avarento no Teatro Cultura Artística. Com direção de Felipe Hirsch, Paulo Autran, com seus 84 aninhos, encena a 90ª montagem teatral de sua carreira - de forma magnífica (mas isso nem é preciso ressaltar. Sendo Paulo Autran, não poderia ser diferente).
Quem não viu, veja!

"O Avarento de Moliére é uma das últimas e geniais comédias desse incrível autor. Conta hilariamente a tragédia de HARPAGON, personagem obcecada por valores superficiais. Em uma caixa enterrada no jardim, além das suas adoradas moedas, HARPAGON sufocou também todos seus valores e princípios éticos perdidos. Não consegue enxergar a felicidade tão próxima dele no amor dos filhos e respeito dos amigos, parentes e empregados. É uma triste figura dominada pelo medo e por uma ambição vazia que o levará à infelicidade e solidão".

Horários: 5ª, 6ª e sábados - 21h;Domingos - 18h (não haverá espetáculo durante o Carnaval)
Preços: 5ªe 6ª - R$ 30 a R$ 60; Sábado - R$ 50 a R$ 80; Domingo - R$ 40 a R$ 70

Mais informações: www.culturaartistica.com.br