21.8.07

sob o efeito de Brasília

Sabe aquelas viagens que deixam um gostinho de quero mais? Assim foi a do último final-de-semana. Na sexta-feira, 17 de agosto, embarcamos no vôo 1100 da BRA rumo a capital federal. Saímos de Congonhas (medo!) às oito horas da manhã. Em menos de uma hora e meia chegamos ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Um parêntese sobre os momentos no céu (o avião foi balançando daqui até lá. Fazia muito tempo que não sentia tanto medo. Mas, para minha imensa sorte, ele estava do meu lado, segurando a minha mão e me deixando mais tranqüila).

Um pouquinho antes de o avião tocar o chão, tentávamos avistar a capital federal. Confesso que a chegada não foi tão triunfal quanto a do Rio de Janeiro, mas as belezas que encontramos no solo compensaram - são tão encantadoras quanto as da cidade maravilhosa. Parece mentira, mas de qualquer ponto da cidade é possível enxergar as mais belas e importantes obras de Oscar Niemeyer.

Da janela do quarto 1704 do Hotel Tryp Park, tínhamos a certeza de que tudo foi perfeitamente projetado. O hotel, por sinal, merece um capítulo à parte: o quarto era para lá de aconchegante, o café da manhã e os lanchinhos noturnos, com absoluta certeza, foram os melhores de nossas vidas, a ducha e a cama enorme já deixam saudade.... ai, ai...

Depois de uma rápida passagem pelo hotel, conhecemos um dos shoppings da Asa Sul de Brasília. Na verdade, passamos bem rápido por lá. Nossa única intenção era almoçar correndo porque o Congresso estava a nossa espera. Do caminho do hotel ao shopping, um primeiro susto: nas ruas da capital federal não existem semáforos para pedestres. Para atrevessar de um lado para o outro, basta estender a mão. Como num passe de mágica, todos os carros param e as pessoas caminham tranqüilamente. Porém, não é sempre que isso acontece. Em alguns pontos da cidade, é impossível chegar ao outro lado da rua. Tentamos (não uma, mas duas vezes) chegar ao Palácio do Planalto. Impraticável - a não ser que o táxi pare na porta. Andandando, nem pensar!

Como tudo, absolutamente tudo, em Brasília é longe, pegamos um dos primeiros, dos milhares de táxis que utilizaríamos, para chegar ao Congresso. Às 14h, no Auditório Nereu Ramos, começaria Conferência Caio Prado Jr., organizada pelo PPS - que, em três dias, promoveu discussões sobre O que é ser de esquerda democrática hoje? - e esse foi o motivo para irmos até a capital federal. Como ele se entusiasmou com a idéia de discutir a esquerda no Brasil, fui acompanhá-lo. =)

Confesso que não somos as pessoas indicadas para analisar os três dias de Conferência. Conscientemente, abandonamos algumas das mesas só para conhecer as belezas da cidade. E foi para lá de proveitoso. Numa única manhã, conhecemos o Museu e a Biblioteca Nacional, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida e a Praça dos Três Poderes. Resultado: muitas e muitas fotos!

Antes de chegar para as atividades da parte da tarde da Conferência, aproveitamos o Sol para clicarmos mais algumas milhares de imagens do lado de fora do Congresso. Só das "torres", foram umas cinqüenta fotos. Passado o momento turista, encaramos, na maior cara de pau, o espírito de militante. Com crachá no pescoço e pastinha na mão, chegamos, por sorte, na hora do almoço - que, melhor ainda, foi de graça!

Na plenária de número 11, às 14h30 começaria a mesa sobre As identidades da esquerda no século 21. Os primeiros expositores até que conseguiram prender a nossa atenção, mas o ar condicionado e a vontade de voltar a ser turista, nos levaram para ver o final de tarde do lado de fora do Congresso. Como a sorte estava do nosso lado, conseguimos atravessar a avenida principal (que "só" tem seis faixas!), conseguimos escapar de pássaros que quase nos atacaram, e ainda fomos convidados a participar da última visita monitorada aos plenários da Câmara e do Senado!

Cada detalhe, cada momentinho foram essenciais para que a viagem deixasse uma saudade boa. Os três dias em Brasília foram cheios de risadas, carinhos, beijinhos, passeios divertidos e tantas outras coisinhas boas que deixam a vida bem mais leve.

Na viagem de volta, a mala veio cheia de fotos bacanas e vontade de querer fazer tudo de novo... Se quiserem ler os pitacos dele sobre os nossos dias na capital federal, cliquem aqui e aqui. Ah, algumas fotos estão aqui!

off-topic: no dia 10 de agosto, esse blog, que nasceu apenas com a intenção de ser um depósito de textos esquecidos na gaveta, completou um ano de vida! Prometo que os próximos aniversários não passarão em braco...

14.8.07

... para quem não viu

A Esquinas saiu do forno - confesso que já faz mais de quinze dias que a gráfica entregou os pacotes do órgão-laboratorial da Faculdade Cásper Líbero, mas não tive tempo de passar por aqui para contar a novidade. ;)

Expostos na gôndola do 5º andar, os exemplares voam. Dá um orgulho, sabe?! Nós, lá do Núcleo de Redação da Coordenadoria de Jornalismo, trabalhamos de janeiro a julho nos projetos editoriais e gráficos para dar uma nova cara e conteúdo ao órgão - que se assumiu como uma revista (mas que continua temática). Para a edição de lançamento, E lá se foram 60 anos foi o fio condutor de toda a publicação. A idéia surgiu por conta do aniversário de 60 anos da Cásper, completados em maio desse ano.

Para quem ainda não conseguiu dar uma folheada na nova Esquinas, deixo por aqui a capa dessa nova edição só para aguçar a curiosidade de vocês. Mas não deixem de ver, ler e mandar comentários, hein?!