12.11.06

mulher sempre mulher

Como isso é possível? Ele sempre consegue mostrar a essência de cada uma delas. É como se tivesse um certo poder de conhecer a alma feminina - e muito melhor do que nos mesmas, é importante destacar. Sim, é Almodóvar. Só poderia ser.

Volver foi a escolha para uma tarde muito agradável (por causa da deliciosa companhia, é claro!). Não poderia ter sido melhor. Um filme que nos fez perceber como é possível encontrar força e brilho onde já não os enxergamos. As mulheres de Almodóvar - como todos têm dito por aí - são lindas e fortes. As lágrimas e os desafios não as deixam menos espetaculares. Isso nos inspira, é verdade.

Um filme de reencontros - de atrizes com o cineasta; do diretor com a infância; de Raimunda (a sensacional Penélope Cruz) com a mãe, Irene (a não menos esplêndida Carmem Maura). Esses reencontros comandam aquele universo que transita entre a delicadeza e coragem feminina. São elas, as mulheres, que se enchem de energia para enfrentar todas as dores que passam pela vida. Volver não é o (re)encontro com um passado ruim. É voltar-se ao que de bom foi deixado no caminho. É isso. É preciso achar as pecinhas que nos compõem para darmos o passo seguinte. Sabe aquele brilho que todos diziam enxergar? Reencontre-o para Volver.

Hoje reencontramos a genialidade de Pedro Almodóvar. Mais do que isso, reencontramos a nossa essência sempre tão forte e delicada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Thata,
adorei ver Volver com você.
Foi simbólico assistir a um filme sobre a força da união feminina e da sensibilidade com uma amiga que eu escolhi para ser irmã.
No entanto, espero que essa cumplicidade nunca seja usada para enterrar um cadáver!
Beijão
Dri