21.12.07

ritual

Hoje faz uma semana. Na sexta-feira passada, dia 14 de dezembro, fechei mais um ciclo. Confesso que vivi horas de extrema tensão. Não consegui dormir, não consegui comer, não consegui pensar em nada que não estivesse relacionada à apresentação do tcc à banca, que aconteceria naquela noite. Eu e o João (o companheiro de O Santo é de Barro) tínhamos a certeza de que a argüição seria, em maior parte, feita com "pauladas". Estávamos, admito, esperando o pior. Não porque não confiávamos no nosso trabalho, mas por acreditarmos que os componentes da banca eram um tanto quanto exigentes. Mas estávamos de coração aberto.

Cheguei a Cásper um pouco antes das 17 horas. Estava aflita. Precisávamos ensaiar a apresentação. Na porta do Paulista, 900 encontrei o João e a Tetê. Fomos tomar um café na Pão de Ló. Tomei um café e comi alguma coisinha para enganar o estômago. Voltamos para a faculdade. Fomos para a Biondi. Queríamos nos acostumar com os microfones e com a sala. Ali, pela primeira vez no dia, senti que meu coração estava um tantinho mais tranqüilo.

Aos poucos, as pessoas que nos dariam força naquele momento especial foram chegando. Saber que eles estavam ali, nos vendo e nos apoiando, foi essencial. Mesmo de costas para eles, sentia as boas vibrações - e, conseqüentemente, ficava mais leve e segura. Às 19h10, dois dos argüidores, os professores Mônica Brincalepe Campo e Carlos Costa chegaram - o jornalista José Hamilton Ribeiro não pôde comparecer. Estava reportando no Rio Grande do Sul (mas ele mandou a avaliação por escrito).

A banca de O Santo é de Barro - A Capela de São Miguel Arcanjo e formação de um bairro paulistano começou às 19h15. Como manda o ritual, apresentamos o trabalho durante 15 minutos; os argüidores tiveram, cada um, 10 minutos para expôr as considerações sobre o livrinho - depois de cada fala, tivemos cinco minutos para esclarecer as dúvidas. Foi mais tranqüilo do que imaginávamos. Foi muito produtivo. A nota, a gente diz, não é a mais importante, mas naquela noite, ela fechou com chave de ouro a história que começou em 2004, quando vimos nossos nomes na lista de aprovados no vestibular...

Os abraços apertados e as lágrimas de alegria e alívio, é claro, também marcaram presença. O mais importante é saber que a amizade não morreu, apesar dos vários momentos de tensão. Sobrevivemos ao nosso ritual de passagem.

... sem o apoio das pessoas que eu amo, tudo teria sido mais difícil. Obrigada pela força de sempre, viu?

Olhando para trás, vemos a estrada que nos trouxe até aqui.
Eric Hobsbawn

2 comentários:

Anônimo disse...

Mais uma vez: parabéns

Fábio Ventura disse...

Já passei por isso heheeheh Tb fiquei nervoso. Boa sorte.