7.5.09

absolvido

Acabei de descobrir no blog da Cristiane Tavares, jornalista da Nova Brasil Fm, uma informação que foi deixada de fora do documentário Simonal - Ninguém Sabe O Duro Que Dei, sobre o quel falei no post abaixo: em 2003, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) absolveu o cantor Wilson Simonal da acusação de delação. Abaixo, reproduzo uma reportagem do Portal Estadão, de 24 de setembro de 2003, sobre a decisão da OAB:

OAB absolve o cantor Wilson Simonal
Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) absolveu o cantor Wilson Simonal, morto em 2000, com a fama de ter delatado colegas ao regime militar


Em julgamento simbólico, os integrantes da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) absolveram o cantor Wilson Simonal, morto em 2000, com a fama de ter delatado colegas ao regime militar. A pedido da família, o grupo da OAB analisou documentos da época e concluiu que o artista não foi dedo-duro.


Para chegar ao veredicto, a comissão manteve contato com pessoas como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues. "Só podia acusar Wilson Simonal de ter sido delator do SNI (Serviço Nacional de Informações) quem não o conhecia", escreveu Chico Anysio. "Eu até admito que, por absoluta ignorância política, Simonal aceitasse vir a ser o diretor-geral do SNI, mas ser um dedo-duro, quem o conhece sabe que ele jamais aceitaria ser." O comediante afirmou que Simonal "incomodava a uns tantos, que não suportavam ver aquele negro com a fita na cabeça, um suíngue absoluto, um ar de modéstia e ainda cantando olhando nos olhos das moças que brigavam por um lugar nas primeiras filas exatamente para serem olhadas por ele".

Os advogados também analisaram reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, o atual ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o cantor e compositor Caetano Veloso afirmavam que não tiveram problemas de convivência com Simonal. Em documento assinado em 1999, o então secretário de Direitos Humanos, José Gregori, informou que em uma pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Inteligência do Exército, não foram encontrados registros de que Simonal teria sido colaborador, servidor ou prestador de serviços.

3 comentários:

cristiane tavares disse...

oi Thais....vim te visitar e deixar uma beijoka....
Te cuida....boa sorte!

Fábio disse...

E essa foi apenas uma das injustiças contra Simonal. Pena ele não ter vivido para sentir o alívio de não ter mais esse peso.

Tô louco para ver logo o filme.

Taina disse...

Eu nao vi o filme, mas to louca pra assistir. Bom saber que mais alguém reconheceu que o cara foi injustiçado.