6.5.09

as chaves

Muitas vezes só falta um empurrão. Levei o meu há três semanas, depois de um café para uma agradável conversa. Naquele dia, pela manhã, enquanto lia o Metrópole de O Estado de S. Paulo, uma chama motivadora se acendeu. Comecei a ter mil ideias. Abri espaço para a mente trabalhar. Sem muita censura. Perguntas, perguntas e perguntas na porta da padaria que tinha acabado de fechar as portas. Foram elas que me trouxeram um turbilhão de possíveis caminhos para encontrar a tal resposta. Com papel e caneta na mão, deixei as palavras saírem. Meio desorganizadas, confesso. O sono, então, ocupou o lugar da mente inquieta. O inesperado, porém, aconteceu: já aquecida pelo cobertor, encontrei a trajetória a seguir.

Dali em diante, como se tivesse participando de uma prova de obstáculos, fui me conhendo e ultrapassando, a cada dia, o que eu acreditava ser meu limite. Do primeiro telefonema ao envio dos sessenta segundos, uma infinidade de conquistas. E a presença de pessoas queridas. Sem elas, a ideia não teria saído de debaixo da coberta. Sem elas, não existiria câmera, cartão de memória, histórias contadas e gravadas, vídeos baixados, edição. Sem elas, muito provavelmente, eu não teria dado minha cara à tapa. Não teria quebrado a barreira dos meus medos e inseguranças. Descobri, então, que não me falta vontade.

Todo o processo foi muito importante para abrir as portas para outros caminhos. Comprovei que é possível, sim, dar a cara à tapa e sair ilesa. E de quebra: com muitas coisas na bagagem, independentemente do resultado. Mais uma vez, obrigada a cada um de vocês. Sem o apoio, o carinho, o incentivo e a força que me deram, nada teria acontecido. Obrigada por me ajudarem a abrir mais uma porta. Depois dela, outras virão. E cheia de chaves nas mãos, os outros caminhos, com absoluta certeza, serão abertos com mais confiança.

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